A cura através do falar

Jardel Beirão      sexta-feira, 14 de setembro de 2018

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Falar sobre as coisas que nos aborrecem e nos desmotivam. Falar sobre as coisas que nos alegram e nos encorajam. Colocar em palavras todo o sentimento que permeia nossa conduta e pensamentos. Essas são atitudes fundamentais para que sejamos capazes de lidar melhor com os desafios cotidianos.

Quando falamos, organizamos nossos pensamentos e também aliviamos o coração. Essa é uma maneira de curar o que está nos adoecendo por dentro. E é justamente sobre a cura através do falar que nós vamos debater hoje. Acompanhe a seguir!

 

A cura através do falar

 

A descoberta da cura através do falar

 

A maior referência para a cura através do falar que encontramos na literatura da área é o caso de Anna O. Esse foi o codinome que recebeu Bertha Pappenheim, paciente dos célebres médicos Sigmund Freud e Josef Breuer. Seu caso clínico acabou se tornando a origem do que conhecemos hoje como psicanálise - a “teoria da alma”.

Recebendo a devida orientação e colocando em palavras ditas em voz alta o que a atormentava por dentro, Anna conseguiu ser curada de distúrbios que incluíam histeria. Foi assim que Freud percebeu e comprovou que expressar certos pensamentos é uma atitude que beneficia tanto o corpo como a mente.

O episódio marcou uma verdadeira revolução nos procedimentos médicos. Antes disso, choques elétricos e técnicas invasivas no cérebro eram comuns para tratar diversos transtornos. Mas a fala se revelou uma estratégia efetiva para trazer a cura, algo que tem se aperfeiçoado constantemente nestes mais de 100 anos desde que a teoria surgiu.

 

Falar com amigos ou com um profissional?

 

Quando passamos por problemas das mais diversas ordens, é comum procurarmos por amigos ou familiares para simplesmente desabafar. Normalmente, a prática rende bons frutos, pois pessoas queridas tendem a nos acolher e demonstrar o seu amor por nós. Mas nem sempre esse conforto é sinônimo de cura.

Dependendo do mal que está nos atormentando, acabamos adquirindo uma postura extremamente defensiva. Por isso, procuramos por culpados para a situação. Para não nos magoar, pessoas próximas acabam concordando conosco.

Tal atitude vai na via contrária da cura através do falar. Precisamos assumir responsabilidades e não persistir no papel de vítima. Contar com apoio de entes queridos é bom, mas nem sempre é o suficiente.

Para receber o alerta adequado de quando nos comportamos de maneira errônea ou de quando algo mais sério está nos prejudicando, é melhor procurar por um profissional. O terapeuta tem o preparo adequado para nos ouvir e dar as orientações que realmente precisamos. Aí sim a cura tem chances concretas de acontecer.

 

É preciso falar consigo mesmo

 

Por mais que muitos tratem a prática de falar consigo mesmo como uma insanidade, ela está bem longe de tal classificação. Na realidade, poucos métodos são tão transformadores como o da autorreflexão. Se tem algo que podemos conhecer na sua totalidade neste mundo é a nossa própria mente e, assim, aprimorá-la.

O diálogo interno é muito recomendado por psicólogos. Todavia, pouca gente o faz. E quando faz, normalmente é em tom autodepreciativo, o que não leva a lugar algum.

Lembre-se sempre que a cura através do falar também acontece quando falamos com nós mesmos. Permita-se ter um tempo para se conhecer melhor, assumir o protagonismo da sua vida e trabalhar o seu emocional sem ser excessivamente crítico com as próprias ações. O quanto antes despertarmos para a importância dessa atitude, melhor.

 

Seja também um bom ouvinte

 

Ser um bom ouvinte para alguém que está em busca da cura através do falar pode trazer mudanças significativas na vida das pessoas que você mais ama. Esse é um ato de doação, carinho e partilha que nos enriquece enquanto seres humanos. Afinal, não é apenas com nós mesmos que aprendemos, mas com os erros e acertos dos outros também.

Saber calar e simplesmente escutar ideias, histórias, angústias ou o que mais a outra pessoa quiser colocar para fora é uma habilidade importante. Ainda mais se for realizada com empatia.

No entanto, não esqueça de recomendar uma ajuda especializada quando perceber que há problemas mais sérios envolvidos. Essa postura pode ajudar (e muito!) o seu interlocutor.

 

E então, o que achou da mensagem de hoje? Deixe seu comentário!

Até a próxima!

 

 

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A cura através do falar

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Jardel Beirão
Especialista em Vida

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