Sinais e Sintomas da Depressão em Pacientes Oncológicos

Jarde Beirão      domingo, 8 de outubro de 2017

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Receber a confirmação do diagnóstico de câncer não é fácil tanto para os pacientes, quanto para os familiares, pois a notícia por si só já carrega uma sobrecarga psicológica significativa, podendo desencadear sentimentos de medoangústia e desamparo.

 

E não é incomum que diante dessa vivência, alguns pacientes evoluem para estados depressivos. Nesse contexto, nem sempre o acompanhante consegue diferenciar a depressão de uma tristeza natural e até mesmo esperada nos pacientes oncológicos.

Porém, diferentemente de um sentimento de tristeza comum, que pode acometer qualquer pessoa, a depressão é um transtorno psiquiátrico, que possui alguns sintomas específicos, como:

 

  • falta de ânimo e disposição para realizar tarefas;

  • alterações no sono e no apetite;

  • irritabilidade;

  • descuido com autocuidado;

  • choro fácil e sem motivo aparente;

  • tristeza e isolamento

 

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM IV - 2000, em inglês), os critérios para depressão são:


A. humor depressivo durante a maior parte do dia.
B. diminuição intensa do prazer na maioria das atividades diárias.
C. perda ou aumento de peso.
D. insônia ou hipersonia.
E. agitação psicomotora ou lentificação.
F. fadiga ou perda de energia.
G. sentimento de inferioridade, inutilidade ou culpa excessiva.
H. diminuição na habilidade de concentração, indecisão.
I. ideias recorrentes de morte e suicídio.

Se o paciente apresentar cinco ou mais desses sintomas por pelo menos duas semanas, sendo um deles A ou B, é preciso buscar ajuda profissional, alertam especialistas.

 

Suporte emocional

No caso do paciente oncológico, é importante avaliar se há antecedentes psiquiátricos, entre eles a depressão, ou se o estado depressivo teve seu início com o diagnóstico e tratamento oncológico. 

 

Por isso, os profissionais envolvidos no tratamento do câncer devem fazer uma profunda investigação, a fim de verificar se o paciente já apresentava histórico depressivo antes mesmo de iniciar o tratamento oncológico.

É importante também diferenciar a depressão do Transtorno de Ajustamento tipo depressivo. Segundo o DSM IV - 2000, "a característica esencial de um Transtorno de Ajustamento é o desenvolvimento de sintomas emocionais ou comportamentais significativos em resposta a um ou mais estressores psicossociais identificáveis".

 

Além disso, existe ainda um subtipo denominado Transtorno de Ajustamento com Humor Depressivo, "que deve ser usado quando as manifestações predominantes são sintomas tais como humor deprimido, tendência ao choro ou sensações de impotência".

Diversos fatores podem desencadear preocupação e tristeza em quem tem câncer, desde a própria suspeita da doença, até a confirmação do diagnóstico, os efeitos colaterais do tratamento, as alterações corporais como queda de cabelo, perda de peso etc., a realização de cirurgias complexas e a ocorrência de metástases.

 

Todos esses momentos precisam ser acompanhados de perto e não se pode subestimar nenhum sinal de impacto na saúde mental.

Caso seja identificada uma alteração do ponto de vista psíquico no paciente que necessite de intervenção profissional, as diferentes especialidades envolvidas no tratamento oncológico devem trabalhar em conjunto.

 

O diagnóstico da depressão requer cuidado e atenção. Psiquiatras e psicólogos especializados em oncologia (Núcleo de Psico-Oncologia), que conhecem as peculiaridades do adoecimento e do tratamento oncológico, são os profissionais mais indicados para detectar e ajudar a tratar o problema, complementam as psicólogas com especialização em Psico-Oncologia.

 

O tratamento da depressão varia conforme cada caso, mas em geral envolve o uso de medicamentos e de psicoterapia - a medicina hoje conta com um amplo arsenal de medicamentos psiquiátricos para auxiliar o paciente.

 

Todo o apoio adequado é bem vindo, algo que contribui muito também são terapias integrais sistêmicas e o Coaching com PNL aplicada. Além disso, pacientes internados e em atendimento ambulatorial devem contar com o suporte psicoterápico em sessões individuais ou em grupo.

 

No caso dos pacientes internados, os familiares também devem contar com esse suporte, caso seja necessário. 
 

Melhor aderência

Anos atrás, uma visão estigmatizada da depressão fazia com que muitos pacientes relutassem em tratar a doença.

 

No entanto, felizmente essa visão está cada vez mais no passado e o tratamento costuma ser bem aceito. Esse tipo de aceitação traz benefícios, pois um quadro depressivo pode fazer com que o paciente apresente mais dificuldade em aderir ao tratamento, além de ter um desgaste físico e emocional maior.

Portanto, não ter medo de receber ajuda profissional e suporte psicoemocional é uma atitude que faz bem para todos: pacientes oncológicos, familiares e cuidadores. Fique atento às suas emoções - ou às de quem está à sua volta - e consulte um especialista sempre que necessário.


 

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Abs,

Jardel Beirão

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